Sabe
quando parece que nunca iria acontecer com você?
Aí vem
a sutileza, vem o acaso e muda tudo o que você planejou?
Quando
se está mais desatento aparece o maldito detalhe e quebra sua perna! Você acaba
caindo nas malhas do destino. Um destino que você não tinha planejado.
Vou lhe
contar como vim parar aqui.
Um
corriqueiro dia de trabalho. Um típico fim de tarde. Uma pitoresca estação de
metrô em final de expediente.
Como
podia um sujeito pacato com eu fazer um negócio desses?
Nunca
pensaria em escalar prédios, brigar com valentões, ir parar na cadeia.
Nunca!
Eu me
desconhecia.
Mas
como me conhecer de novo? Só se aceitasse o meu destino.
Estou
aqui por isso.
Aceitei
meu carma.
Relacionamentos?
Não
pensava neles há muito tempo e nem queria pensar, depois do desastre chamado
Cíntia a minha vida mudou muito. Antes, tudo era simples.
Era um
solteiro convicto. Aí Cíntia apareceu. Foram três anos intensos de convivência.
Dormindo junto, comendo juntos e no fim cada um estava disposto a devorar o
coração do outro.
Um
verdadeiro desastre! Pensei em virar clérigo.
A vida
celibatária me era interessante. O celibato era uma trégua na batalha que meu
coração acabara de perder.
Sempre
gostei do esoterismo das ciências ocultas. Quem sabe sem Cíntia nem outra
mulher por perto eu poderia me dedicar a estas fascinantes ciências.
Foram
alguns dias com os Hare Khrshnas. Outros tantos com os candomblecistas poucos
minutos com os evangélicos. Ao final desta maratona descobri uma estafa. Nada
preencheu o vazio deixado por Cíntia. Nada explicava as amarguras sofridas
durante aquele visceral relacionamento.
Estaria
melhor quando voltasse ao meu trabalho. Meu antigo escritório de arquitetura
chamava. Voltei à vida original. Sem a Cíntia e muito menos mulher alguma me
atazanando.
Desde
então havia dois anos sem nenhuma fêmea. Um solteiro convicto. Dois anos na
mais completa solidão sexual!
Dois
anos sem as perturbações e inconveniências femininas. É claro as tentações me
assolavam, pensava ser você o autor destas tentações.
No
entanto me sentia muito forte quando dizia não a elas. Eu era celibatário sem a
necessidade de me tornar clérigo, Santo Agostinho ficaria com inveja! Estava
satisfeito comigo havia me tornado uma pessoa melhor por vencer todas as chagas
que Cíntia me dera.
Sempre
vinculei músicas ao meu estado de espirito. Na época de Cíntia a “Sagração da
Primavera” de Stravinsky era o tema constante, com aqueles acordes caóticos
vibrantes.
Quando
ficava de saco cheio dela escutava músicas sertanejas. As piores possíveis as
mais bregas as reais dores-de-cotovelo.
O
‘’Samba do Grande Amor” do Chico Buarque foi o epílogo.
A vida
de Nelson Rodrigues dentre outros livros dele, os quais diziam muito sobre a
alma feminina eram os meus livros de cabeceira. Mas agora tudo era passado.
Poderia
olhar para qualquer mulher e desprezá-las imediatamente simplesmente porque eu
não precisava delas.
Eu era
um homem completo sem a necessidade de uma cara metade, dos carinhos ou das
delicadezas femininas. Antes de você duvidar da minha masculinidade. Eu me
sentia como o super-homem de Nietsche. Bernard Shaw sempre pregou: “o homem
pelo que o homem é sem a necessidade de outra para ser feliz”.
Entretanto
nunca se deve duvidar da Vida se isso acontecer ela vai te passar a perna como
Cíntia fez, como todas as mulheres fazem. É impressionante a similaridade entre
as mulheres e a Vida. Devem ser energias parecidas afinal é a mulher que dá a vida,
assim pensavam os antigos.
Eles
estavam muito certos.
Neste
dia, neste corriqueiro dia observei no metrô várias mulheres. Às vezes uma ou
outra olhava com olhares de curiosidade eu retribuía com olhares de desdém. Até
ver um grupo de freiras, eram quatro. Pensei: estas mulheres jamais apelariam
para as aparências. Mesmo porque elas eram bem feias para os meus severos
padrões de beleza. São as mulheres mais inofensivas do mundo. Como arquiteto
deveria saber, a beleza é conceitual o que importa é a harmonia das formas.
Este foi o primeiro pensamento a vir na cabeça. Minha primeira falha. Foi onde
baixei a guarda.
Procurei
algo de interessante nelas, uma era baixinha e gordinha bem alegre. Falava
expansivamente, tinha os olhos muito furtivos. Outras duas eram magras usavam
óculos, aliás, todas usavam óculos grossos. Talvez óculos grossos seja parte do
uniforme delas.
Essas
duas insistiam em arcar os ombros numa clara demonstração de submissão a
qualquer coisa. Quando sorriam tapavam a boca com as duas mãos como se a
alegria fosse um pecado.
A
quarta freira me chamou mais a atenção, ela era baixa mas não era gorda. Usava
sandálias de couro tipo franciscano mostrava um pequenino pé muito feminino. A
pele muito clara e seus cabelos apesar de estarem cobertos pelo véu uma mecha
de fios castanhos claro apareciam.
Esta
sutil diferença chamou minha atenção. Fiz uma análise mais crítica, notei seus
olhos igualmente claros. Seus dentes perfeitos apareciam em um sorriso largo.
Talvez não tivesse medo de pecar.
Seus
ombros não eram arcados o que achei um fenômeno. Mostrava uma certa petulância
para uma freira. Ao final da análise fiquei pasmado. Ela era linda! Sorriso lindo!
Um desperdício de mulher.
Mas
desperdício? Para quem? Eu com as minhas novas atitudes para com as mulheres,
não me permitia tomar certas liberdades de celibatário-não-clérigo. Entretanto,
numa freira eu poderia confiar, elas nunca tomariam atitudes típicas de
mulheres. Afinal elas são casadas com Deus por isso usam aliança.
Naquele
momento um sentimento de inveja me apossou. Imagine o absurdo! A inveja de
Deus. Inveja por estar casado com uma mulher tão bonita e ter a certeza dela lhe
dar seu total amor e devoção!
O
metrô parou e as freiras saíram. Meus pensamentos me levaram a Lua. Perdi a
estação onde desceria. Estava sozinho no vagão. Vi um livro preto caído no
chão. Abri, era uma bíblia.
Haviam
dois nomes escritos um era Eleonora de Ávila Serpes e o outro era Celina de
Fátima Aparecida.
Devia
ser o nome original e o nome de guerra que elas usam quando são confirmadas.
Havia um nome de colégio, era o Sacre Coer. Levei a bíblia para casa.
Fiquei
pensando naquela freirinha a noite inteira. Havia tempo que não tocava numa
bíblia. Folheei e li algo a respeito da salvação de Maria Madalena.
Lembrei
do filme ‘A última tentação de Cristo’ quando ela realmente tentou Cristo. No
dia seguinte decidi devolver o livro. Afinal imagine uma freira sem bíblia. Era
como se fosse um médico sem estetoscópio.
Entrei
no colégio e uma freira mais graduada me atendeu. Contei que vi um grupo de
freiras no metrô e uma delas deixou cair a bíblia.
“Vim
entregar”.
Achei
estar fazendo uma boa ação e quem sabe ver a Freirinha. A freira graduada me
olhou com um certo desconfio. Pegou a bíblia
“Pode
deixar. Irei entregar ao devido dono”.
Me
indicou a saída e desconsolado sem nenhuma desculpa tive de sair. Olhei uma vez
mais para o colégio.
“Assim
seja!“
Me
virei rapidamente e dei de encontro com a Freirinha, ela derrubou tudo que
carregava. Pedi mil desculpas recolhi todas aquelas infinidades de livros e
cadernos. Olhou para mim com um ar de freira, mas depois pecou. Sorrindo seus
lindos dentes.
Contei
sobre a bíblia perdida. Era da companheira de quarto. Estranhamente conversamos
muito e o tempo passou ali na frente do colégio como se fossem cinco minutos.
Não
foi num bar nem numa danceteria ou qualquer lugar típico de paquera, mesmo
porque em teoria eu não estava paquerando uma freira.
Idéia
absurda! Apesar da beleza escondida atrás de tantos véus, roupas e anáguas.
Ela se
chamava Maria Rita somente Maria Rita. Nada daqueles nomes elaborados. Ela era
simplesmente a Maria Rita. Não quis dizer seu nome original.
Fiquei
pensando nela durante toda a semana ela não saia da minha cabeça. Fui tentar
vê-la novamente.
Arranjei
uma desculpa dizendo ser o arquiteto da prefeitura tinha de vistoriar todos os
aposentos a procura de rachaduras, infiltrações ou mudança na arquitetura do
prédio.
Infelizmente
ela estava na clausura. Insisti em vistoriar aquele aposento, mas as freiras
fizeram de tudo para eu não entrar lá. Ameacei intervir com bombeiros e polícia
quando um estranho padre vestido de batina preta com uma cruz de malta vermelha
no peito esquerdo me impediu de entrar na clausura. Olhei para a cara do
sujeito e com dedo em riste o ameacei por impedir o cumprimento de ordens
federais de segurança.
Ele
quase quebrou meu dedo. Notei que o estranho padre não tinha cara de padre, seu
rosto tinha feições duras. Rosto firme, marcado, de alguém que já tomou muita
pancada e não tem medo de leis federais.
Maria
Rita saiu da clausura com a confusão formada. Falando em italiano ela
repreendeu o dito padre e me soltou. Ela pediu desculpas perguntou se eu ainda
queria ver a clausura.
Respondi
que não, pois já havia atingido meu objetivo de vê-la.
Falei
isto somente para ela
Rita
me acompanhou para fora do colégio onde ficamos conversando, perguntei se era
pecado eu convidá-la para um jantar.
“Desde
que não fosse a restaurantes caros.”
Seria
em minha casa, ela disse “as seis horas da tarde.”
“Tudo
bem, mas porque tão cedo?”
“Porque
freiras dormem cedo” Obvia resposta.
Naquela
noite elucubrei sobre tudo o que envolve uma religião. Eu nunca fui religioso
apesar de ser um curioso das ciências ocultas. Nunca acreditei muito em deus e
muito menos no diabo.
Mesmo
assim certos preconceitos vinham a minha mente, talvez fossem frutos da nossa
criação crista.
Preparei
duas trutas com alcaparras na manteiga, para acompanhar arroz branco ao estilo
japonês e legumes sautê. De sobremesa, uma salada de frutas com chantili. Às
seis horas em ponto, Rita invadia meu casto lar. Vestia o tradicional uniforme
de freira, dispensando apenas o véu mostrando seus cabelos curtos que a tornava
muito mais charmosa. Estava sem nenhuma pintura muito diferente das mulheres
que conheci. Era como se a visse nua em pelo. Gostei muito! Longe do convento e
das freiras, ela era muito sensual. Fiquei muito intrigado por ver essas
qualidades numa freira.
Jantamos.
A
conversa foi se desenrolando livremente parecia haver uma correspondência de
confiança. Ela me contou toda sua vida, o porquê de ser freira. Ela dizia fazer
parte de uma ala progressista da igreja, mas o que mais me chamou a atenção foi
uma teoria dela sobre as próprias mulheres. Ela dizia existir tipos padrões de
mulheres. Por exemplo, todas as madalenas são iguais ao arquétipo da madalena.
Todas as Amélias são iguais ao arquétipo da Amélia da música de Noel Rosa. Os
arquétipos dos nomes ditam a personalidade da pessoa. No caso das Marias todas
elas tem como arquétipo Mãe Maria.
“Você
é igual a Rita da música do Chico Buarque?”
Respondeu-me
com os olhos de esgueio.
“Claro
que não! Eu sou freira!”
Acho
que ela mentiu. O jantar estava muito bom ela era uma ótima companhia. Saiu de
casa as oito da noite estava atrasada.
Eu
estava apaixonado. Fui contar o acontecido para meu sócio e melhor amigo. O
Genésio.
O
Genê, como a gente costumava chamar era um sujeito calmo, tinha quatro filhos.
Um pai exemplar apesar da mãe de seu filhos o ter trocado por um rapaz mais
novo e rico. Genê na época ficou muito mal. Passou a beber e frequentar casas
de reputação duvidosa, mas tudo se resolveu.
Ele
era um sujeito muito centrado para uma mulher acabar com ele. Manteve a guarda
das crianças. Não demorou muito até alguma mulher com um pouco mais de senso
ver as extremas qualidades do Genésio. Virou outra pessoa depois de conhecer
Margarida.
Esqueceu
sua ex-mulher definitivamente. Se existe alguém com sorte neste mundo este
alguém é o Genésio. Às vezes tinha um pouco de inveja dele por causa da
Margarida.
Primeiro
ele me achou definitivamente louco depois deu o número do telefone do seu ex-psiquiatra.
Não frequentava mais desde que Margarida apareceu em sua vida.
“Desde
quando um psiquiatra consegue substituir o amor? Nenhum psiquiatra conseguiu
sequer defini-lo.”
Margarida
queria conhecer Rita para ver se ela passava em seu crivo. Ficaram preocupados
nem a Cintia tinha me deixado tão louco de paixão. Genê pediu para tomar
cuidado.
“Essa
Rita parece mais uma bruxa do que uma freira.”
Com o
decorrer do tempo sempre achava uma maneira de encontrar a Rita. Eu me
disfarçava de jardineiro para cuidar do jardim do colégio.
Ela
estranhou quando me viu, era minha contribuição humanitária, respondi. A Madre
não gostou quando remodelei totalmente o jardim dando um ar mais moderno.
Fui
despedido.
A
Madre já me conhecia então só poderia ser sorrateiramente como um ninja que adentra
o covil dos assassinos.
Rita
levou um susto quando me viu vestido de ninja, quase gritou. Novamente ela
estranhava muito as minhas aparições repentinas ou como mendigo ou na espreita
quando ela saia para trabalhar fora do convento. Nas primeiras vezes ela
tentava fugir de mim a qualquer custo.
Senti-me
igualzinho a você.
Mas
nós somos humanos e como humanos precisamos aprender a lidar com nossos
sentimentos, sejam eles considerados impróprios para certas pessoas, sejam eles
absurdos para outras.
O que
Rita sentia por mim era tão forte quanto toda a sua devoção pela Igreja. Sempre
que me via, ficava visivelmente ruborizada. Nunca tive tanta certeza de um
sentimento. Ela chegou a pedir para nunca mais a procurar.
“Impossível
a Terra ficar sem a Lua para poder iluminá-la. Impossível o mar ficar sem as
ondas, sem o verde dos seus olhos, sem o quente das suas mãos para senti-la.
Não é possível viver sem a brisa dos ventos, sem o cheiro da grama, ficar sem
você nem ao menos num piscar d’olhos.”
Essa
foi a carta que lhe escrevi. Disse que se não quisesse nunca mais me ver eu
entenderia. Mas gostaria que ela me dissesse isso olhando nos meus olhos. No
fundo da minha alma.
Ela
não conseguiu dizer isso.
Nosso
primeiro beijo foi numa segunda-feira as quatro da tarde nas escadarias da
igreja.
Joguei
no lixo tudo o que pensava e acreditava. respeito de mim, das mulheres, de
Bernard Shaw, daquelas teorizações sobre sentimentos e tudo.
Acho que
nunca tinha amado alguém até então. Queimei os livros de Nelson Rodrigues,
rasguei os livros de Flaubert.
Queria
ela mais do que tudo, mesmo se a ira de Deus, como marido traído caísse sobre
mim.
O
importante era a Rita.
Um mês
depois nosso amor venceu. Ela abdicau das funções sacerdotais. Veio morar
comigo estávamos no céu.
Encontrei
a mulher da minha vida. Tinha poucos pertences. Outras que vieram traziam todo
o armário, gato, cachorro, papagaio.
A Rita
trouxe uma imagem de São Francisco que eu havia dado. Poucas roupas para uma
mulher. Uns discos de canto gregoriano e música indiana. Ela adorou meu cd de
piano da ‘Cleur de lune’ do Debussy. Ouvia constantemente. Adorou a estátua de
jaburú que eu fiz. Decorou o apartamento dando um ar mais feminino.
Sete
meses durou minha plena felicidade.
Sete
meses de um autêntico nirvana.
Sete
meses de puro amor.
Talvez
esses fossem os sete meses que Deus estivesse fora para amar as tantas outras
esposas e se esqueceu da mais bela dentre elas.
Todos
os dias, todas as horas nós estávamos inteiramente entregues um ao outro.
Foi
quando Deus resolveu reivindicar seus direitos de marido traído.
Uma
junta de freiras sempre tentava de todas as maneiras demovê-la da idéia de
deixar o sacerdócio.
Um dia
a madre superiora a encontrou numa esquina, conversaram por toda tarde. Neste
dia ela tinha chegado em casa muito estranha, apreensiva, furtiva, fria.
Estranhei muito. No dia seguinte ela me deixou. Meu amor!
Meu
grande amor. Mulher da minha vida me deixou. Deixou-me por outro que nada mais
era do que o próprio Deus!
Como
na música do Chico, ela levou meu sorriso, o sorriso dela e um abraço. Levou a
imagem de São Francisco, um álbum de fotos de nós dois, minha escultura do
jaburú. Uma foto minha de quando eu era menininho. Levou um bolo de notas. Nem
a minha viola caipira dado por famoso violeiro goiano, ela me deixou.
Maldito
seja o Chico Buarque mil vezes por ter feito esta música ‘A Rita’! Agora toda
vez que a ouço lembro da minha Freira.
Como amante
renegado fui atrás dela. Invadi o convento onde ela estava. Não me deixaram
vê-la de maneira nenhuma ameaçando chamarem a polícia.
Saí do
prédio e gritei para ela aparecer. Minhas lágrimas queimavam em meu rosto.
Será
loucura?
Dizem
que a loucura é irmã do amor.
A
polícia chegou fui preso. Horas depois solto. Voltei para casa, lá encontrei o
estranho padre de batina preta com uma cruz de malta em seu peito.
A Rita
tinha me avisado sobre ele. Fazia parte de uma congregação chamada ‘Cruz de
Malta’. Eram eunucos educados nas mais mortais artes da guerra. Especializados
em matar, eram os soldados da Igreja. Rita me contou que nos conventos mais
importantes existe um soldado deste para guardar a Igreja.
Foi o
momento de ver seus frios olhos e uma fina dor invadiu meu ventre. Logo depois
eu vi limpar um punhal em minha camisa.
Eu estava
morto.
Apesar
do mais puro amor que senti por Maria Rita de nada me valeu.
Deus
como marido traído me mandou para o inferno.
Foi assim
que tudo aconteceu Lúcifer.
O que
não se faz por amor? Você bem sabe. Se não, não estaria aqui, com seu rabo de
espeto e essas ridículas patas de bode.
“(Gargalhadas)
Não me compare a você seu idiota!
Não
era você que não acreditava em Deus? Que duvidava da ira de Deus? Foi mexer com
o camarada se danou!!! Agora você vai é penar!”
Pode
rir! Lúcifer, mas eu a tive e queimar no inferno não se compara a dor que
passei quando ela se foi.
Portanto
podemos disputar quem vai ser o novo dono daqui!
E aqui começa a guerra no inferno.