...acordou com uma enxaqueca nauseante. Não
sabia onde estava, tentava rememorar o que havia acontecido e lembrou do
principal.
Doleiro, preso numa operação da polícia
federal.
Principal suspeito e principal delator.
Negociou delação premiada, já havia feito
isso anos atrás quando foi pego pela Federal pela primeira vez.
Só que desta vez, sua vida corria perigo.
Os peixes grandes eram muito grandes e capazes de tudo para não serem
incriminados.
“Vejo que esta melhor, Senhor Joseph.”
“Quem é você?”
“Sou o médico que te salvou de um ataque
cardíaco”.
“Não foi ataque cardíaco. Eu conheço bem
um. Já tive três.”
“Então o que o senhor sugere que foi.”
Disse o médico um tanto quanto irritado.
“Quero ver meu advogado imediatamente.”
“Vejo que esta melhor. Parece que os
Federais estão querendo falar com você.”
“Só falo com meu advogado.”
O médico examinou os equipamentos, e saiu.
Fora da sala Joseph viu o médico conversar
com alguém, o que lhe pareceu uma discussão. Seu advogado abriu a porta com
cuidado.
“E aí Zé? Você esta se sentido bem?”
“Estou com uma puta dor de cabeça. O que
aconteceu?”
“Até onde eles estão me contando você teve
um ataque cardíaco.”
“Ataque cardíaco porra nenhuma! Eu fui
envenenado!”
“Essa informação também foi vasada. Ouvi um
dos médicos, um novinho, dizer que seu quadro era de envenenamento. Mas, eles
disseram também que esta fora de risco. Talvez mais uma semana aqui e você vai
voltar pra polícia federal.”
“Acho que pela primeira vez, vou gostar de
ficar aqui por uma semana.”
Os policiais entraram no quarto.
“Que bom que esta bem, assim que tiver alta
continuaremos os inquéritos.”
“Vocês sabem muito bem que eu fui
envenenado. Não sabem? Eu sei. Já tive ataque cardíaco o suficiente pra saber
qual a diferença de envenenamento e ataque cardíaco. Eu não confio mais em
vocês. Se não garantirem a minha proteção e a proteção de minha família eu fecho
a boca e que se dane vocês e tudo o mais!”
“Senhor Joseph, estamos tratando deste
assunto. Não é necessário isto, eu compreendo que esta nervoso com a situação
mas acredite. Foi um ataque cardíaco. O senhor deseja algo mais?”
“Eu quero falar com meu filho e minha
esposa imediatamente.”
“Isto é o mínimo que podem fazer.” Disse o
advogado.
Algumas horas depois o filho mais velho de
Joseph, Simon, abre a porta. Um adolescente de dezesseis anos mas que
aparentava doze. Junto estava sua esposa Patrícia.
Se abraçaram, ela o beijou carinhosamente,
estava com um ar de exausta pela falta do marido.
“Viemos para o Brasil justamente para
termos um pouco de sossego. Estou exausta. Eu que achei que Beirute era um
inferno.”
“Não se preocupem. As coisas vão melhorar
agora.”
“Joseph! Você precisa dizer o que eles
querem para termos um pouco de sossego! Eu não estou aguentando a pressão!”
“Como esta a Maria?”
“Esta com mamãe. Esta bem para um bebê, mas
sinto ela irritada. Acho que esta sentindo o meu nervosismo.”
“Ela é ainda uma bebê. Linda. Vai superar
tanto quanto vocês.”
“Estamos sentindo sua falta.”
“E eu a suas! Simon, lembra daquele pen
drive que te dei? Um vermelho?”
“Sim, esta comigo. Em minha caixa de pen
drives.”
“Eu quero que você coloque no seu
computador e deixe rodar o programa que esta instalado. E depois você o entrega
ao Advogado. O Pedro vai entregá-lo aos delegados.”
Patrícia, abriu os olhos de espanto.
“Joseph! Você não vai meter nosso filho
nesta encrenca toda?”
“Claro que não. O pen drive tem um arquivo
que os policiais verão imediatamente, pois nossos computadores estão todos
haqueados. Isto vai mostrar o caminho do que eles estão querendo. E o pen drive
será a prova concreta. Mais uma coisa. Assim que o programa estiver instalado
você vai digitar as letras gregas αλΩ.”
Simon e Patrícia chegaram em casa, ela foi
ligar para sua mãe e Simon foi imediatamente ao seu quarto, ligou o computador.
Enquanto o computador estava carregando, ele pegou a caixa de pen drives e
derrubou todos na cama.
O vermelho estava lá, pequeno mas
armazenava sessenta gigabytes. Sentou em sua cadeira, olhou para o computador
como se fosse pilotar um avião. Ele queria ser piloto. No próximo mês começaria
as aulas de vôo.
Encaixou o pen drive e automaticamente um
programa começou a rodar. Percebeu que iria tomar tempo até poder usar o
computador.
Saiu do quarto e foi jantar.
O ARQUIVO
As sete horas da manhã seguinte em Rovinji
na Croácia, Andreas abre a janela de sua casa de frente para o porto. Via com
prazer aquela paisagem, costumava pensar consigo mesmo que merecia aquela
vista. Que todos os trabalhos, por mais sangrentos que foram compensavam aquele
visual. O mar iluminado por um sol de começo de outono. A brisa se tornando
fria. As casas de tonalidade avermelhada penduradas na encosta e a torre da
igreja no topo do morro badalando o sino das sete horas.
Preparou seu café, mas antes de tomá-lo foi
até o meio da sala deu um salto e agarrou uma barra. Vinte barras para uma boa
manhã, costumava pensar consigo, assim que doessem os braços.
Uma mulher seminua e com cara de sono
acordou e foi ver o que estava acontecendo.
(em inglês)
“Muito cedo pra se acordar numa segunda
feira. Vem pra cama.”
“Não consigo acordar depois das sete.”
“Você não precisa dormir.”
“Já estou indo.” Pensou: Assim que eu
gosto!
Antes de voltar ao quarto ligou seu
computador. Notou que um arquivo externo havia se instalado em seu computador.
Resolveu atender ao chamado feminino primeiro.
Mais tarde, sozinho em sua casa, foi
examinar detalhadamente o arquivo.
Era de um velho conhecido seu, Joseph
Vogelmann. Ele sabia que Joseph estava preso no Brasil e que iria precisar de
sua ajuda a qualquer momento.
Era um arquivo codificado e criptografado,
somente Andreas conseguiria decodificá-lo.
Era em princípio, um PDF com vários
códigos, várias letras e símbolos. Cada letra representava alguém ou um posto e
os símbolos uma ação a ser tomada. Seguiu os procedimentos, o PDF mandava
montar um fórmula de acordo com as letras gregas αλΩ que havia
recebido dentro do arquivo. Lambda era o sujeito, alfa a posição que o sujeito
detinha e ômega era a ação a ser feita.
Colocou as variáveis na formula apresentada
pelo programa:
X+αλ/Ω=0
Logo em seguida o programa apresentou um
preço:
7.253.489 $
Andy se assustou ao ver o preço.
O trabalho para isso seria especial e
perigoso. Recostou na cadeira colocou a mãos atrás da cabeça. Olhava pra cima,
contava as telhar e resolveu ouvir uma música. Apertou o random no Ipod.
Por coincidência ou destino uma música sem
dúvida marcante. Era a trilha sonora de um filme famoso. Lisa Minelli, Bob
Fosse. Money
“Money makes the wourld go around!”
“É isso.”
A música continuava, sentou-se na cadeira.
Teclou no computador as variáveis que faltavam pra saber quem seria o defunto.
Assim que Andy tratava.
Um ex presidente da república.
“Ex presidentes são presas muito fáceis.
Esta grana toda diz o contrário.”
“Que país?”
O arquivo rodava e o globo terrestre
apareceu na tela, girava e girava, quando então apareceu as américas. E um zoom
aproximou mais ainda marcando Brasília.
“Assassinar um ex presidente do Brasil.”
Logo pensou, que iria precisar de ajuda.
Mas o único que conhecia para se juntar ao grupo era o Santos, um sujeito que
Andy não queria mais ver.
O dinheiro, caso aceitasse o trabalho seria
um quarto assim que aceitasse e o resto ao final do trabalho.
Fez alguns telefonemas, mandou outros
tantos e-mails.
Dali a três dias haveria uma reunião em Bari
na Itália.
O ENCONTRO
A reunião se daria num pequeno restaurante
perto da encosta. A vista era maravilhosa e um resto de brisa quente ainda
batia naquele outono que demorava a chegar.
Na mesa estava Andy, havia recém almoçado
um peixe grelhando ao alho e óleo com risoto de espinafre. Tomando um
Sangiovese da região.
Os outros chegaram todos juntos.
Phellipe – Natural do Burundi e ex Legião
Estrangeira, comunicativo e com uma peculiar senso estratégico.
Alex – Russo, especialista em armamentos e
um ótimo atirador.
Annish – Indiano, especialista em
computação.
Jacob – Judeu iraniano, conhecedor do
oriente médio e suas peculiaridades, um exímio lutador.
Todos se cumprimentaram
Apesar de todos serem de países diferentes
a língua falada entre eles era o inglês.
“Os senhores queiram me desculpar, eu
cheguei mais cedo e não resisti ao cheiro deste peixe grelhado. O que eu
recomendo!”
Comeram e beberam. O clima de descontração
reinava. Annish fumava seu cigarro e Simon apreciava o Sangiovese. Alex
devorava um tartufo. Phelipe conversava sobre barcos e a Croácia.
“Caros companheiros de batalha. Um novo
trabalho apareceu e precisarei de vocês. Já lhes digo que o soldo será o melhor
que já tivemos.”
Todos se ajeitaram melhor na cadeira pois a
palavra mágica foi dita.
“Em nosso trabalho, como vocês sabem, se o
soldo é bom, o trabalho é difícil. Se o soldo é muito bom, o trabalho é
insano.”
O russo nem pensou na segunda hipótese, já
foi levantando a taça de vinho em comemoração ao novo trabalho.
“Calma lá Alex, vamos ver o que é.” Disse
Phellipe.
“Você sempre me cortando! Não precisamos
ser tão táticos assim neste momento.”
“Para isso que eu estou aqui pra te cortar
e salvar a sua cabeça sempre.”
Um sorriso largo apareceu em Alex.
“Pois bem, o serviço não será fácil e vamos
precisar de mais um componente em nosso time. Não é o palco de atuação que
estamos acostumados.”
Phellipe deixou cair a cabeça já imaginando
o que viria.
“O trabalho será no Brasil. Vamos
assassinar um ex presidente. Mas pelo que sei ainda exerce muita influência.”
“Holy
shit! O Santos!” Berrou Jacob.
Santos era um ex soldado do Batalhão de
Operações Especiais, vulgo BOPE. Quando os Estados Unidos estavam saindo do
Iraque a Black Waters, empresa que
contratava mercenários para o Iraque, para proteção das empresas petrolíferas
entre outras coisas. Contratou vários soldados de outros países que não eram
comums àquela região. Alguns brasileiros do BOPE foram. Santos logo se destacou
e foi chamado para o grupo de Andy. Mas, Santos era psicopata. Inteligente mas
psicopata.
“Eu descobri que ele esta na ativa ainda e
isto é um bom sinal. Significa que aprendeu alguma coisa.”
“Ele não é confiável.” Disse Phellipe.
“Se alguém tiver uma ideia melhor, por
favor coloque na mesa. Porque até agora esta foi a melhor que se adequou a este
tipo de trabalho.”
“Foi o traficante de armas libanês que
pediu?” Disse Annish.
“Ele mesmo.”
“A grana será distribuída segundo o nosso
acordo. Alguém tem alguma objeção?”
“Até para o Santos?” Perguntou Alex.
“Santos vai ganhar o mesmo que vocês desde
que apresente um bom comportamento. Senão, um tiro na cabeça ou metade do
pagamento, depende do que ocorrer.”
Todos consentiram.
“Então, Phellipe e Annish vão tratar das
questões estratégicas. Eu, Alex e Jacob iremos atrás do Santos.”
No Brasil, Simon apesar da pouca idade já
entendia do trabalho do pai e se tornou um braço dele. Revisava os e-mails, mas
achou estranho um spam de uma empresa de software indiana. No spam havia uma
cara feliz e um sinal positivo com o dedão levantado para cima. Havia recebido
ordens de seu pai que algo assim iria aparecer. Caso aparecesse um sinal
positivo era para mandar um e-mail para seu amigo banqueiro na Suíça com os
números 1,33.
A viagem a Faro em Portugal foi tranquila.
Se hospedaram em uma das inúmeras pousadas, era baixa estação e se
identificaram como engenheiros de sondagem da indústria petrolífera. Faro era
ponto de descanso para os trabalhadores das empresas estrangeiras atuando no
norte da África.
Santos havia alugado um pequeno apartamento
com vista para o mar. Ao lado de seu prédio um pequeno restaurante português
servia peixes frescos e no menu uma sardinha frita com batatas o murro. Os três
se deliciavam quando Santos os reconheceu, primeiramente com um sorriso, mas
como era um soldado experiente, estava apreensivo.
“O que diabos vocês estão a fazer aqui?”
“Férias!” Disse Andy.
“O cacete!!! O que vocês querem? Eu já pedi
mil desculpas sobre o que aconteceu. Já paguei caro por isso.” E mostrou a
enorme cicatriz no peito.
“Bonito mas não me convence. Você sabe que
numa batalha você precisa confiar no seu companheiro. Por isso, alguns de nós
morreu.”
Alex parou de comer. Isto era um mal sinal.
Num rápido movimento, Alex agarrou Santos
pelo pescoço.
“Agora não Alex.” Ordenou Andy.
“Esta vendo o que você nos provoca?” Disse
Jacob.
“Eu já entendi ha muito tempo. Mas porque
estão por aqui?”
“Apareceu um trabalho. Estou muito
relutante em perguntar se você esta disponível à este trabalho.”
“Se precisam de mim é por que é no Brasil.”
E logo foi abrindo um sorriso.
Ao final da conversa Santos não conseguia
esconder a excitação.
“Bom, agora o pagamento pra você será
metade da metade. Ou seja, se você se comportar direito você ganha na
integralidade, senão, dependendo da besteira que você faça, o Alex vai entrar
em ação. Ou nem o Alex terá tempo de entrar em ação.”
“Não se preocupe, Deus dá um segunda chance
para eu me redimir.”
A próxima reunião seria dali ha cinco dias
em Casablanca no Marrocos.
O INTERROGATÓRIO
Na sala de interrogatório, estavam Joseph
seu advogado Pedro, três delegados, um escrivão e o Juiz do processo.
“Senhor Juiz, estamos crentes, que o senhor
sabe da tentativa de envenenamento do Senhor Joseph. Gostaríamos de pedir
medidas cabíveis a este problema, do contrário meu cliente não responderá a
mais nenhuma questão.”
“Os exames de sangue ainda estão sendo
analisados. Assim que tivermos uma comprovação da tentativa de envenenamento,
um novo procedimento sobre a integridade de sua pessoa será posto em prática.
No momento, tudo esta correndo conforme o combinado. Assim espero que honre o
combinado e continuemos os depoimento.”
Aos olhos do advogado tudo estava norma,
mas Joseph conhecia os padrões quando mudavam, aqueles soldados e agentes
disfarçados quando saiu do hospital para a volta à prisão não era algo de
normal mesmo para a situação onde se encontrava.
Ao final do dia, Joseph havia dado as
provas cabais da participação do governo e o conhecimento das falcatruas da
principal estatal pela então presidente da Republica, bem como pelo
gerenciamento das falcatruas pelo ex presidente. Tais provas mostravam como
atuava a corrupção do governo em todos os níveis.
Os delegados e o Juiz saíram da sala
perplexos. As informações eram de tal gravidade que iria abalar o país.
Na Sala nobre do Palácio do Planalto havia
uma reunião, haviam cinco pessoas, uma delas sentada num confortável sofá,
bebericava seu décimo copo de whisky. Os outros espalhados pela sala ou
conversando ao celular, ou checando os e-mails.
“Parece que o Joseph resolveu mesmo abrir o
bico.”
“Precisamos fazer alguma coisa. Isso vai
dar uma merda desgraçada. É capaz de dar em impeachment.” Disse um dos que
falava ao celular.
“Ninguém vai fazer nada. Deixa o cara falar
o que ele quiser. Se a gente fizer alguma coisa com o Zé, vai levantar
suspeitas e aí a coisa pode feder. O Supremo é nosso, não tem o que se
preocupar.”
“Mas o quanto a gente pode segurar essa
barra.” Disse outro que aparenta visível preocupação.
“Eu aprendi com o pessoal barra pesada que
não se deve levantar suspeitas. Olha o caso do prefeito do ABC. Tá dando merda
até hoje.” E virou numa talagada só o resto de whisky do copo.
O JANTAR
O grupo se encontrou em Macaé, cidade base
da exploração de petróleo no mar. Assim dava mais ênfase no disfarce de
operários de plataformas de petróleo. Phellipe e Annish conseguiram introduzir
as armas através deste disfarce, um pequeno container onde se dizia ferramentas
para perfuração, com o aval e documentação da principal empresa petrolífera do
país.
O QG era uma pequeno galpão, uma área
dedicada às informações com vários computadores mantendo o alvo sob vigilância.
Após três dias, uma reunião.
(Em inglês)
“Chefe, o alvo, depois que a Presidente se
reelegeu, esta mais ativo no governo. Como se fosse um braço armado da Presidente.
Se ele passasse a maior parte do tempo em sua casa em São Paulo, tudo seria
muito mais simples. Mas ele se encontra na maior parte do tempo no Palácio do
Planalto, esta praticamente morando lá. Se formos esperar por uma janela em São
Paulo pode demorar muito. A cada dia que passa nossa missão se inviabiliza mais
e mais.”
“Então Phellipe, como estrategista o melhor
é irmos à Brasilia e esperarmos a janela lá.”
“Lá é bem mais provável da janela se
abrir.”
“Ok! Temos dois dias pra desmobilizar esse
lugar e achar outro adequado em Brasília. Precisamos de caminhonetas.”
Dois dias depois um comboio de duas
caminhonetas pintadas com o logotipo de uma empresa de construção foram para
Brasília. Mil quilômetros em um dia em estradas péssimas.
“Hey Santos! Não te lembra as estradas de
Fallujah?”
Muito contrariado: “Nem um pouco Phil!”
Santos ficou encarregado de fazer de tudo
um pouco, desde a negociação com os proprietários das casas ao provimentos de
comida a papel higiênico bem como traduzir e explicar a cultura e manias
brasileiras.
Dois dias depois outro QG estava montado. O
plano estava amparado por um tripé, primeiro deveria se a noite, a iluminação nos
arredores e do próprio palácio não eram tão claras. Segundo, descobriram que os
guardas noturnos eram os menos atentos, eram aqueles menos prestigiados ou
preguiçosos. E terceiro, deveria ser entre uma segunda e terça feira, dias que
o ex presidente ficava mais tempo no Palácio.
Numa segunda-feira ficaram de prontidão.
Resolveram esperar.
Na terça-feira, logo de manhã decidiram que
seria esta noite.
Logo que anoiteceu, deram início à ação.
Entraram no Palácio pelas portas do fundo
vestidos de policiais militares, por onde estes tem acesso ás outras
dependências do Palácio. Na sala de segurança mataram dois operadores das
câmeras de segurança. Annish ficou monitorando as câmeras enquanto o resto do
grupo entrava no interior do Palácio. Se comunicavam por rádio.
“Onde ele está?”
“Ele esta na úlitma sala a direita, parece
que tem um jantar lá com várias pessoas. Assim que eu desligar as luzes, sigam pelo
corredor principal.”
As luzes foram desligadas, somente alguns
pouco funcionários da cozinha ainda restavam no Palácio. Eram onze horas da
noite após as sete ninguém mais fazia hora extra.
Perto da porta da sala ouviam risadas e
conversas altas. Alex abriu a porta lentamente e todos encapuzados e armados
entraram na sala silenciosamente. Alex ficou para trás afim de guardar a porta
e uma resistência a quem chegasse.
Era um jantar que estava acontecendo, na
sala estavam o ex presidente, a atual Presidente, o ex ministro da casa civil,
o atual ministro da economia, o presidente o partido do governo, o ministro das
relações internacionais. Além de dois deputados da ala governista.
“Todos encostados na parede!” Gritou
Santos. Estavam todos atônitos.
“Todos na parede Porra!!!” Santos apontava
a arma para os convivas.
(Em inglês) “O que vamos fazer com o resto
chefe?” Perguntou Phellipe.
“Vamos seguir o plano.”
Antes de pegarem o ex presidente Santos
gritou:
“Ele esta armado!”
Instintivamente todos abriram fogo.
Todos os convivas do jantar foram
fuzilados.
“Quem estava armado?” Perguntou Andy.
“O de terno azul Chefe.” Respondeu Santos.
“Não tem nenhuma arma aqui chefe.” Disse
Jacob.
“Porra Santos!! De novo?” Gritou Phellipe.
“Vamos embora. Bom ou não o trabalho esta
feito.” Disse Andy.
Os tiros foram ouvidos pelos guardas que não
acharam nada de mais, talvez o gol de algum time. O mordomo estranhou aquele
barulho de tiro, mas imaginou que fosse a televisão ou alguma comemoração de
torcedores. Mas estranhou a quietude, o silêncio. Geralmente nestes jantares o
ex presidente não o deixava sossegado. Sempre pedia mais bebidas.
Encontrou a sala toda picotada de balas e
muito sangue no chão. Entrou em estado de choque. Dez minutos depois uma
garçonete foi ver porquê o mordomo demorava. Pois queria ir embora, já era
tarde da noite.
Quando viu a cena gritou e gritou, mas
mesmo assim, a guarda demorou para ver o que era.
EPíLOGO
Assim que chegaram no QG, Andy deu um soco
na cara de Santos.
(Em Inglês)
“Bloody
motherfucker!!! Você estragou tudo!!”
Sangrando o nariz.
“Você não entende Andy. O que fiz foi muito
além da grana. A morte desta corja pode levar o meu país para um lugar melhor.
É isto!!”
“Seu cretino idiota! Não é o Partido! Não é
a política! É a grana!!!”
“Chefe, você pode me matar.” Tirou a
pistola do coldre e entregou a Andy.
“Eu posso morrer agora. Minha missão para
com o meu país esta feita.”
Andy viu que ele falava sério. Talvez fosse
a loucura dele mesmo. Mas matá-lo agora seria contraproducente.
“Vamos seguir com o plano.”
Continuaram no disfarce de operadores de
plataforma de petróleo, Naquela mesma noite pegaram um avião para Bolívia e da
Bolívia se dispersaram. Combinaram de se encontrar em Creta dentro de um mês.
Annish e Phellipe seguiram com Andy para
Croácia. Eles tentariam negociar o trabalho. Uma vez que foi feito mais do que
o pedido.
Algumas mensagens cifradas foram trocadas
entre as partes e concluíram que o serviço valeu 10 milhões de dólares. O cliente
havia gostado do resultado.
Um delegado que não fazia parte do grupo de
atuação pediu para interrogar Joseph. O doleiro sabia muito bem quem esse
delegado representava e ficaram os dois na sala mais dois seguranças. A sala
estava sendo monitorada.
“Tentaram me envenenar. Você sabe disso.
Diga a seus pares que eu também sei disso.”
O Delegado nada disse. Entendeu tudo. Saiu
da sala quieto. Tinha que relatar isso aos seus “superiores”.
Na outra sala fechada o Juiz e o delegado
principal do caso conversavam.
“Se fosse tão fácil teria feito isso antes,
não é Juiz?.” Disse o Delegado.
“Sim, o país vai respirar melhor agora.”
FIM.