terça-feira, 4 de novembro de 2014

Criadores de Corvos.

...acordou com uma enxaqueca nauseante. Não sabia onde estava, tentava rememorar o que havia acontecido e lembrou do principal.
Doleiro, preso numa operação da polícia federal.
Principal suspeito e principal delator.
Negociou delação premiada, já havia feito isso anos atrás quando foi pego pela Federal pela primeira vez.
Só que desta vez, sua vida corria perigo. Os peixes grandes eram muito grandes e capazes de tudo para não serem incriminados.
“Vejo que esta melhor, Senhor Joseph.”
“Quem é você?”
“Sou o médico que te salvou de um ataque cardíaco”.
“Não foi ataque cardíaco. Eu conheço bem um. Já tive três.”
“Então o que o senhor sugere que foi.” Disse o médico um tanto quanto irritado.
“Quero ver meu advogado imediatamente.”
“Vejo que esta melhor. Parece que os Federais estão querendo falar com você.”
“Só falo com meu advogado.”
O médico examinou os equipamentos, e saiu.
Fora da sala Joseph viu o médico conversar com alguém, o que lhe pareceu uma discussão. Seu advogado abriu a porta com cuidado.
“E aí Zé? Você esta se sentido bem?”
“Estou com uma puta dor de cabeça. O que aconteceu?”
“Até onde eles estão me contando você teve um ataque cardíaco.”
“Ataque cardíaco porra nenhuma! Eu fui envenenado!”
“Essa informação também foi vasada. Ouvi um dos médicos, um novinho, dizer que seu quadro era de envenenamento. Mas, eles disseram também que esta fora de risco. Talvez mais uma semana aqui e você vai voltar pra polícia federal.”
“Acho que pela primeira vez, vou gostar de ficar aqui por uma semana.”
Os policiais entraram no quarto.
“Que bom que esta bem, assim que tiver alta continuaremos os inquéritos.”
“Vocês sabem muito bem que eu fui envenenado. Não sabem? Eu sei. Já tive ataque cardíaco o suficiente pra saber qual a diferença de envenenamento e ataque cardíaco. Eu não confio mais em vocês. Se não garantirem a minha proteção e a proteção de minha família eu fecho a boca e que se dane vocês e tudo o mais!”
“Senhor Joseph, estamos tratando deste assunto. Não é necessário isto, eu compreendo que esta nervoso com a situação mas acredite. Foi um ataque cardíaco. O senhor deseja algo mais?”
“Eu quero falar com meu filho e minha esposa imediatamente.”
“Isto é o mínimo que podem fazer.” Disse o advogado.

Algumas horas depois o filho mais velho de Joseph, Simon, abre a porta. Um adolescente de dezesseis anos mas que aparentava doze. Junto estava sua esposa Patrícia.
Se abraçaram, ela o beijou carinhosamente, estava com um ar de exausta pela falta do marido.
“Viemos para o Brasil justamente para termos um pouco de sossego. Estou exausta. Eu que achei que Beirute era um inferno.”
“Não se preocupem. As coisas vão melhorar agora.”
“Joseph! Você precisa dizer o que eles querem para termos um pouco de sossego! Eu não estou aguentando a pressão!”
“Como esta a Maria?”
“Esta com mamãe. Esta bem para um bebê, mas sinto ela irritada. Acho que esta sentindo o meu nervosismo.”
“Ela é ainda uma bebê. Linda. Vai superar tanto quanto vocês.”
“Estamos sentindo sua falta.”
“E eu a suas! Simon, lembra daquele pen drive que te dei? Um vermelho?”
“Sim, esta comigo. Em minha caixa de pen drives.”
“Eu quero que você coloque no seu computador e deixe rodar o programa que esta instalado. E depois você o entrega ao Advogado. O Pedro vai entregá-lo aos delegados.”
Patrícia, abriu os olhos de espanto.
“Joseph! Você não vai meter nosso filho nesta encrenca toda?”
“Claro que não. O pen drive tem um arquivo que os policiais verão imediatamente, pois nossos computadores estão todos haqueados. Isto vai mostrar o caminho do que eles estão querendo. E o pen drive será a prova concreta. Mais uma coisa. Assim que o programa estiver instalado você vai digitar as letras gregas αλΩ.”

Simon e Patrícia chegaram em casa, ela foi ligar para sua mãe e Simon foi imediatamente ao seu quarto, ligou o computador. Enquanto o computador estava carregando, ele pegou a caixa de pen drives e derrubou todos na cama.
O vermelho estava lá, pequeno mas armazenava sessenta gigabytes. Sentou em sua cadeira, olhou para o computador como se fosse pilotar um avião. Ele queria ser piloto. No próximo mês começaria as aulas de vôo.
Encaixou o pen drive e automaticamente um programa começou a rodar. Percebeu que iria tomar tempo até poder usar o computador.
Saiu do quarto e foi jantar.


O ARQUIVO


As sete horas da manhã seguinte em Rovinji na Croácia, Andreas abre a janela de sua casa de frente para o porto. Via com prazer aquela paisagem, costumava pensar consigo mesmo que merecia aquela vista. Que todos os trabalhos, por mais sangrentos que foram compensavam aquele visual. O mar iluminado por um sol de começo de outono. A brisa se tornando fria. As casas de tonalidade avermelhada penduradas na encosta e a torre da igreja no topo do morro badalando o sino das sete horas.

Preparou seu café, mas antes de tomá-lo foi até o meio da sala deu um salto e agarrou uma barra. Vinte barras para uma boa manhã, costumava pensar consigo, assim que doessem os braços.
Uma mulher seminua e com cara de sono acordou e foi ver o que estava acontecendo.
(em inglês)
“Muito cedo pra se acordar numa segunda feira. Vem pra cama.”
“Não consigo acordar depois das sete.”
“Você não precisa dormir.”
“Já estou indo.” Pensou: Assim que eu gosto!
Antes de voltar ao quarto ligou seu computador. Notou que um arquivo externo havia se instalado em seu computador. Resolveu atender ao chamado feminino primeiro.
Mais tarde, sozinho em sua casa, foi examinar detalhadamente o arquivo.
Era de um velho conhecido seu, Joseph Vogelmann. Ele sabia que Joseph estava preso no Brasil e que iria precisar de sua ajuda a qualquer momento.
Era um arquivo codificado e criptografado, somente Andreas conseguiria decodificá-lo.
Era em princípio, um PDF com vários códigos, várias letras e símbolos. Cada letra representava alguém ou um posto e os símbolos uma ação a ser tomada. Seguiu os procedimentos, o PDF mandava montar um fórmula de acordo com as letras gregas αλΩ que havia recebido dentro do arquivo. Lambda era o sujeito, alfa a posição que o sujeito detinha e ômega era a ação a ser feita.
Colocou as variáveis na formula apresentada pelo programa:

X+αλ/Ω=0

Logo em seguida o programa apresentou um preço:

7.253.489 $

Andy se assustou ao ver o preço.
O trabalho para isso seria especial e perigoso. Recostou na cadeira colocou a mãos atrás da cabeça. Olhava pra cima, contava as telhar e resolveu ouvir uma música. Apertou o random no Ipod.
Por coincidência ou destino uma música sem dúvida marcante. Era a trilha sonora de um filme famoso. Lisa Minelli, Bob Fosse. Money
“Money makes the wourld go around!”
“É isso.”
A música continuava, sentou-se na cadeira. Teclou no computador as variáveis que faltavam pra saber quem seria o defunto. Assim que Andy tratava.
Um ex presidente da república.
“Ex presidentes são presas muito fáceis. Esta grana toda diz o contrário.”
“Que país?”
O arquivo rodava e o globo terrestre apareceu na tela, girava e girava, quando então apareceu as américas. E um zoom aproximou mais ainda marcando Brasília.
“Assassinar um ex presidente do Brasil.”
Logo pensou, que iria precisar de ajuda. Mas o único que conhecia para se juntar ao grupo era o Santos, um sujeito que Andy não queria mais ver.

O dinheiro, caso aceitasse o trabalho seria um quarto assim que aceitasse e o resto ao final do trabalho.
Fez alguns telefonemas, mandou outros tantos e-mails.
Dali a três dias haveria uma reunião em Bari na Itália.


O ENCONTRO


A reunião se daria num pequeno restaurante perto da encosta. A vista era maravilhosa e um resto de brisa quente ainda batia naquele outono que demorava a chegar.
Na mesa estava Andy, havia recém almoçado um peixe grelhando ao alho e óleo com risoto de espinafre. Tomando um Sangiovese da região.
Os outros chegaram todos juntos.
Phellipe – Natural do Burundi e ex Legião Estrangeira, comunicativo e com uma peculiar senso estratégico.
Alex – Russo, especialista em armamentos e um ótimo atirador.
Annish – Indiano, especialista em computação.
Jacob – Judeu iraniano, conhecedor do oriente médio e suas peculiaridades, um exímio lutador.

Todos se cumprimentaram
Apesar de todos serem de países diferentes a língua falada entre eles era o inglês.
“Os senhores queiram me desculpar, eu cheguei mais cedo e não resisti ao cheiro deste peixe grelhado. O que eu recomendo!”
Comeram e beberam. O clima de descontração reinava. Annish fumava seu cigarro e Simon apreciava o Sangiovese. Alex devorava um tartufo. Phelipe conversava sobre barcos e a Croácia.
“Caros companheiros de batalha. Um novo trabalho apareceu e precisarei de vocês. Já lhes digo que o soldo será o melhor que já tivemos.”
Todos se ajeitaram melhor na cadeira pois a palavra mágica foi dita.
“Em nosso trabalho, como vocês sabem, se o soldo é bom, o trabalho é difícil. Se o soldo é muito bom, o trabalho é insano.”
O russo nem pensou na segunda hipótese, já foi levantando a taça de vinho em comemoração ao novo trabalho.
“Calma lá Alex, vamos ver o que é.” Disse Phellipe.
“Você sempre me cortando! Não precisamos ser tão táticos assim neste momento.”
“Para isso que eu estou aqui pra te cortar e salvar a sua cabeça sempre.”
Um sorriso largo apareceu em Alex.
“Pois bem, o serviço não será fácil e vamos precisar de mais um componente em nosso time. Não é o palco de atuação que estamos acostumados.”
Phellipe deixou cair a cabeça já imaginando o que viria.
“O trabalho será no Brasil. Vamos assassinar um ex presidente. Mas pelo que sei ainda exerce muita influência.”
Holy shit! O Santos!” Berrou Jacob.
Santos era um ex soldado do Batalhão de Operações Especiais, vulgo BOPE. Quando os Estados Unidos estavam saindo do Iraque a Black Waters, empresa que contratava mercenários para o Iraque, para proteção das empresas petrolíferas entre outras coisas. Contratou vários soldados de outros países que não eram comums àquela região. Alguns brasileiros do BOPE foram. Santos logo se destacou e foi chamado para o grupo de Andy. Mas, Santos era psicopata. Inteligente mas psicopata.
“Eu descobri que ele esta na ativa ainda e isto é um bom sinal. Significa que aprendeu alguma coisa.”
“Ele não é confiável.” Disse Phellipe.
“Se alguém tiver uma ideia melhor, por favor coloque na mesa. Porque até agora esta foi a melhor que se adequou a este tipo de trabalho.”
“Foi o traficante de armas libanês que pediu?” Disse Annish.
“Ele mesmo.”
“A grana será distribuída segundo o nosso acordo. Alguém tem alguma objeção?”
“Até para o Santos?” Perguntou Alex.
“Santos vai ganhar o mesmo que vocês desde que apresente um bom comportamento. Senão, um tiro na cabeça ou metade do pagamento, depende do que ocorrer.”
Todos consentiram.
“Então, Phellipe e Annish vão tratar das questões estratégicas. Eu, Alex e Jacob iremos atrás do Santos.”


No Brasil, Simon apesar da pouca idade já entendia do trabalho do pai e se tornou um braço dele. Revisava os e-mails, mas achou estranho um spam de uma empresa de software indiana. No spam havia uma cara feliz e um sinal positivo com o dedão levantado para cima. Havia recebido ordens de seu pai que algo assim iria aparecer. Caso aparecesse um sinal positivo era para mandar um e-mail para seu amigo banqueiro na Suíça com os números 1,33.


A viagem a Faro em Portugal foi tranquila. Se hospedaram em uma das inúmeras pousadas, era baixa estação e se identificaram como engenheiros de sondagem da indústria petrolífera. Faro era ponto de descanso para os trabalhadores das empresas estrangeiras atuando no norte da África.
Santos havia alugado um pequeno apartamento com vista para o mar. Ao lado de seu prédio um pequeno restaurante português servia peixes frescos e no menu uma sardinha frita com batatas o murro. Os três se deliciavam quando Santos os reconheceu, primeiramente com um sorriso, mas como era um soldado experiente, estava apreensivo.
“O que diabos vocês estão a fazer aqui?”
“Férias!” Disse Andy.
“O cacete!!! O que vocês querem? Eu já pedi mil desculpas sobre o que aconteceu. Já paguei caro por isso.” E mostrou a enorme cicatriz no peito.
“Bonito mas não me convence. Você sabe que numa batalha você precisa confiar no seu companheiro. Por isso, alguns de nós morreu.”
Alex parou de comer. Isto era um mal sinal.
Num rápido movimento, Alex agarrou Santos pelo pescoço.
“Agora não Alex.” Ordenou Andy.
“Esta vendo o que você nos provoca?” Disse Jacob.
“Eu já entendi ha muito tempo. Mas porque estão por aqui?”
“Apareceu um trabalho. Estou muito relutante em perguntar se você esta disponível à este trabalho.”
“Se precisam de mim é por que é no Brasil.” E logo foi abrindo um sorriso.
Ao final da conversa Santos não conseguia esconder a excitação.
“Bom, agora o pagamento pra você será metade da metade. Ou seja, se você se comportar direito você ganha na integralidade, senão, dependendo da besteira que você faça, o Alex vai entrar em ação. Ou nem o Alex terá tempo de entrar em ação.”
“Não se preocupe, Deus dá um segunda chance para eu me redimir.”
A próxima reunião seria dali ha cinco dias em Casablanca no Marrocos.


O INTERROGATÓRIO

Na sala de interrogatório, estavam Joseph seu advogado Pedro, três delegados, um escrivão e o Juiz do processo.
“Senhor Juiz, estamos crentes, que o senhor sabe da tentativa de envenenamento do Senhor Joseph. Gostaríamos de pedir medidas cabíveis a este problema, do contrário meu cliente não responderá a mais nenhuma questão.”
“Os exames de sangue ainda estão sendo analisados. Assim que tivermos uma comprovação da tentativa de envenenamento, um novo procedimento sobre a integridade de sua pessoa será posto em prática. No momento, tudo esta correndo conforme o combinado. Assim espero que honre o combinado e continuemos os depoimento.”
Aos olhos do advogado tudo estava norma, mas Joseph conhecia os padrões quando mudavam, aqueles soldados e agentes disfarçados quando saiu do hospital para a volta à prisão não era algo de normal mesmo para a situação onde se encontrava.
Ao final do dia, Joseph havia dado as provas cabais da participação do governo e o conhecimento das falcatruas da principal estatal pela então presidente da Republica, bem como pelo gerenciamento das falcatruas pelo ex presidente. Tais provas mostravam como atuava a corrupção do governo em todos os níveis.
Os delegados e o Juiz saíram da sala perplexos. As informações eram de tal gravidade que iria abalar o país.

Na Sala nobre do Palácio do Planalto havia uma reunião, haviam cinco pessoas, uma delas sentada num confortável sofá, bebericava seu décimo copo de whisky. Os outros espalhados pela sala ou conversando ao celular, ou checando os e-mails.
“Parece que o Joseph resolveu mesmo abrir o bico.”
“Precisamos fazer alguma coisa. Isso vai dar uma merda desgraçada. É capaz de dar em impeachment.” Disse um dos que falava ao celular.
“Ninguém vai fazer nada. Deixa o cara falar o que ele quiser. Se a gente fizer alguma coisa com o Zé, vai levantar suspeitas e aí a coisa pode feder. O Supremo é nosso, não tem o que se preocupar.”
“Mas o quanto a gente pode segurar essa barra.” Disse outro que aparenta visível preocupação.
“Eu aprendi com o pessoal barra pesada que não se deve levantar suspeitas. Olha o caso do prefeito do ABC. Tá dando merda até hoje.” E virou numa talagada só o resto de whisky do copo.


O JANTAR


O grupo se encontrou em Macaé, cidade base da exploração de petróleo no mar. Assim dava mais ênfase no disfarce de operários de plataformas de petróleo. Phellipe e Annish conseguiram introduzir as armas através deste disfarce, um pequeno container onde se dizia ferramentas para perfuração, com o aval e documentação da principal empresa petrolífera do país.
O QG era uma pequeno galpão, uma área dedicada às informações com vários computadores mantendo o alvo sob vigilância. Após três dias, uma reunião.


(Em inglês)
“Chefe, o alvo, depois que a Presidente se reelegeu, esta mais ativo no governo. Como se fosse um braço armado da Presidente. Se ele passasse a maior parte do tempo em sua casa em São Paulo, tudo seria muito mais simples. Mas ele se encontra na maior parte do tempo no Palácio do Planalto, esta praticamente morando lá. Se formos esperar por uma janela em São Paulo pode demorar muito. A cada dia que passa nossa missão se inviabiliza mais e mais.”
“Então Phellipe, como estrategista o melhor é irmos à Brasilia e esperarmos a janela lá.”
“Lá é bem mais provável da janela se abrir.”
“Ok! Temos dois dias pra desmobilizar esse lugar e achar outro adequado em Brasília. Precisamos de caminhonetas.”

Dois dias depois um comboio de duas caminhonetas pintadas com o logotipo de uma empresa de construção foram para Brasília. Mil quilômetros em um dia em estradas péssimas.
“Hey Santos! Não te lembra as estradas de Fallujah?”
Muito contrariado: “Nem um pouco Phil!”
Santos ficou encarregado de fazer de tudo um pouco, desde a negociação com os proprietários das casas ao provimentos de comida a papel higiênico bem como traduzir e explicar a cultura e manias brasileiras.

Dois dias depois outro QG estava montado. O plano estava amparado por um tripé, primeiro deveria se a noite, a iluminação nos arredores e do próprio palácio não eram tão claras. Segundo, descobriram que os guardas noturnos eram os menos atentos, eram aqueles menos prestigiados ou preguiçosos. E terceiro, deveria ser entre uma segunda e terça feira, dias que o ex presidente ficava mais tempo no Palácio.
Numa segunda-feira ficaram de prontidão. Resolveram esperar.
Na terça-feira, logo de manhã decidiram que seria esta noite.

Logo que anoiteceu, deram início à ação.

Entraram no Palácio pelas portas do fundo vestidos de policiais militares, por onde estes tem acesso ás outras dependências do Palácio. Na sala de segurança mataram dois operadores das câmeras de segurança. Annish ficou monitorando as câmeras enquanto o resto do grupo entrava no interior do Palácio. Se comunicavam por rádio.
“Onde ele está?”
“Ele esta na úlitma sala a direita, parece que tem um jantar lá com várias pessoas. Assim que eu desligar as luzes, sigam pelo corredor principal.”

As luzes foram desligadas, somente alguns pouco funcionários da cozinha ainda restavam no Palácio. Eram onze horas da noite após as sete ninguém mais fazia hora extra.

Perto da porta da sala ouviam risadas e conversas altas. Alex abriu a porta lentamente e todos encapuzados e armados entraram na sala silenciosamente. Alex ficou para trás afim de guardar a porta e uma resistência a quem chegasse.
Era um jantar que estava acontecendo, na sala estavam o ex presidente, a atual Presidente, o ex ministro da casa civil, o atual ministro da economia, o presidente o partido do governo, o ministro das relações internacionais. Além de dois deputados da ala governista.

“Todos encostados na parede!” Gritou Santos. Estavam todos atônitos.
“Todos na parede Porra!!!” Santos apontava a arma para os convivas.
(Em inglês) “O que vamos fazer com o resto chefe?” Perguntou Phellipe.
“Vamos seguir o plano.”
Antes de pegarem o ex presidente Santos gritou:
“Ele esta armado!”
Instintivamente todos abriram fogo.
Todos os convivas do jantar foram fuzilados.
“Quem estava armado?” Perguntou Andy.
“O de terno azul Chefe.” Respondeu Santos.
“Não tem nenhuma arma aqui chefe.” Disse Jacob.
“Porra Santos!! De novo?” Gritou Phellipe.
“Vamos embora. Bom ou não o trabalho esta feito.” Disse Andy.

Os tiros foram ouvidos pelos guardas que não acharam nada de mais, talvez o gol de algum time. O mordomo estranhou aquele barulho de tiro, mas imaginou que fosse a televisão ou alguma comemoração de torcedores. Mas estranhou a quietude, o silêncio. Geralmente nestes jantares o ex presidente não o deixava sossegado. Sempre pedia mais bebidas.
Encontrou a sala toda picotada de balas e muito sangue no chão. Entrou em estado de choque. Dez minutos depois uma garçonete foi ver porquê o mordomo demorava. Pois queria ir embora, já era tarde da noite.
Quando viu a cena gritou e gritou, mas mesmo assim, a guarda demorou para ver o que era.


EPíLOGO

Assim que chegaram no QG, Andy deu um soco na cara de Santos.

(Em Inglês)
Bloody motherfucker!!! Você estragou tudo!!”

Sangrando o nariz.
“Você não entende Andy. O que fiz foi muito além da grana. A morte desta corja pode levar o meu país para um lugar melhor. É isto!!”
“Seu cretino idiota! Não é o Partido! Não é a política! É a grana!!!”
“Chefe, você pode me matar.” Tirou a pistola do coldre e entregou a Andy.
“Eu posso morrer agora. Minha missão para com o meu país esta feita.”
Andy viu que ele falava sério. Talvez fosse a loucura dele mesmo. Mas matá-lo agora seria contraproducente.
“Vamos seguir com o plano.”
Continuaram no disfarce de operadores de plataforma de petróleo, Naquela mesma noite pegaram um avião para Bolívia e da Bolívia se dispersaram. Combinaram de se encontrar em Creta dentro de um mês.
Annish e Phellipe seguiram com Andy para Croácia. Eles tentariam negociar o trabalho. Uma vez que foi feito mais do que o pedido.
Algumas mensagens cifradas foram trocadas entre as partes e concluíram que o serviço valeu 10 milhões de dólares. O cliente havia gostado do resultado.

Um delegado que não fazia parte do grupo de atuação pediu para interrogar Joseph. O doleiro sabia muito bem quem esse delegado representava e ficaram os dois na sala mais dois seguranças. A sala estava sendo monitorada.
“Tentaram me envenenar. Você sabe disso. Diga a seus pares que eu também sei disso.”
O Delegado nada disse. Entendeu tudo. Saiu da sala quieto. Tinha que relatar isso aos seus “superiores”.

Na outra sala fechada o Juiz e o delegado principal do caso conversavam.
“Se fosse tão fácil teria feito isso antes, não é Juiz?.” Disse o Delegado.
“Sim, o país vai respirar melhor agora.”
FIM.

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