terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Dedo fantasma de Lula

...O Dedo Fantasma de Lula.

Mefistófeles na forma de um chefe de sindicato, há muitos anos atrás conversou com Lula:

“Vejo em você um rapaz muito ambicioso! Isso é bom!
Você quer um pacto?
Ótimo!
Mas, estou fazendo diferentes os meus pactos, ultimamente. Têm alguns que conseguiram me trapacear... Entretanto, fiz um estágio com o pessoal da Yakuza e percebi algo de diferente no método deles, lembrei que eu havia inventado e se perdera em minha memória.
Que método?
Você me dá um dedo seu e ao final do processo todo eu o devolvo. Pode escolher qual dedo quiser.
Veja bem! Quanto mais importante um dedo, mais rápido você haverá o que deseja. Ou seja, se for o dedo mínimo você terá o mínimo do contrato. Você decide.”
O contrato foi assinado com sangue.
Tempos mais tarde quando Lula já então presidente, o dedo fantasma começou a rondar a mão de lula. Em simples gestos como o de contar usando os dedos, Lula usava seu dedo fantasma como se existisse. Outro gesto era que Lula começou a apontar as coisas não com seu dedo indicador, mas com o dedo fantasma. As pessoas começaram a perceber e pior, a imprensa logo notou. Mefistófeles estava querendo devolver o dedo. Mandou o recado através de José Dirceu.
“O processo esta chegando ao seu inexorável fim.”
“Do que é que você esta falando Zé?”
“O camarada Mefisto me mandou te avisar.”
“Quem é esse?”
“Ah! Lula! Não vem com essa não. E esse seu dedo fantasma se mexendo?”
“Você pode ver?”
“Claro! Todos os que pactuaram podem.”
“Mas do que você esta falando desse tal de ‘inequissoravel’ ?”
“Ele te prometeu o poder. Você o tem. Agora ele quer te devolver o dedo e assim que seu dedo voltar completamente você perde o poder, a presidência tudo o que conquistou e vai para o inferno.”
"Mas não era bem isso que eu queria...eu queria pelo menos oitenta porcento de aprovação. E você? Como é que tem todos os dedos?”
“Para começar eu sou mais inteligente do que você e barganhei com ele. Mas eu o enganei e deu no que deu”.
“Inteligente é? Sei não. Eu pelo menos só tenho este meu dedo fantasma que me enche o saco de vez em quando. E eu consigo administrar.”
“É. Mas na última conversa que tive com o camarada Mefisto, vendi a alma sem nenhuma condição se conseguisse voltar ao que era.”
“Ele aceitou?”
“Claro. Ele tinha investido muito em mim. Ele mandou avisar que investiu muito em você também e que um dedo não é garantia de nada.”
“Maldito! Desgraçado Filho da p...! Se ele tivesse investido muito em mim teria ganhado a eleição contra o Collor!”
“Pois é. Ele sabia que iria falar isso e mandou dizer que o Collor pagou mais caro do que você com este dedinho.”
“Pois manda dizer para ele ir para o inferno! Ele que venha falar comigo pessoalmente. Sou o Presidente!”
“Mas não por muito tempo meu Caro Presidente. Se continuar assim, você não vira o ano.”
Lula coçava a barba a todo instante. O Zé tinha razão. As coisas andavam mal e mais dia menos dia a roda da fortuna iria girar.
“Manda ele vir falar comigo.”
Dois dias depois numa noite de lua minguante, entra no Palácio do Planalto uma mulher loira de cabelos curtos. Bate na porta para poder entrar. Lula estranha, pois sempre são anunciados os visitantes.
“Pode entrar”. Lula se espantou ao ver Marta.
“Que é que você esta fazendo aqui? Não te chamei.”
“Chamou sim. Como vai seu dedinho fantasma?”

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

"O APIDEUTA"

Era uma vez um grupo de nordestinos de Cabrobó do Sul beneficiados com os programas sociais do governo Lula. O grupo se uniu e com o dinheiro do governo arrumaram um ônibus para prestar homenagem ao Lula em Brasília, no dia quinze de novembro onde haveria o desfile cívico-militar.
Os Cabroboenses chegaram cedo à avenida do desfile, conseguiram um lugar bem na frente do palanque onde o Presidente Lula ficaria. Eram vinte pessoas e tinham feito até uma faixa com os seguintes dizeres:

PREZIDENTE LULA VOSSE É NOSSO EROI!!!”

Raimundo o chefe dos cabroboenses, comentou:
“Pessoal! A gente precisava fazer alguma coisa pro Lula notar a gente.”
“Mas o quê? Já temos a faixa, ele vai perceber.” Disse Débora.
“Mas não é o suficiente, vamo grita alguma coisa.”
“Então vamo grita: Lindo, Lindo!”
“Não Débora! Como que a gente cabra macho que é vai falar isso? Não pode! Já pensou o que o pessoal lá de casa vai pensar? Tá certo que eu gosto do cabra, mas nem tanto assim.” Argumentou Raimundo.
“Então o que vai ser?”
Vamo pensa pessoal!” Disse Raimundo. E fez-se um arretado “Brain Storm” no grupo.
“Já sei! Outro dia estava vendo lá na televisão do padre, uma tal de tevê Cultura, e tinha um sujeito de óculo e chapéu lá de São Paulo dizendo que o Lula é um ‘apideuta’. Eu achei a palavra demais de bonita.” Falou Osmar.
“Mas que que é ‘apideuta’?” Perguntou Maria. Houve um momentâneo silêncio de Osmar até ele achar uma resposta.
“Bom, nesse dia tinha esse cabra de chapéu e um outro sujeito que falava pelos cotovelos, um tal de Diego, acho. Esse Diego dizia que o Lula não era ‘apideuta’ e que era ignorante mesmo, aí o cabra de chapéu disse que apideuta era mais adequado.”
Eta palavrinha difícil que você arranjou Osmar!” Disse Maria.
“A gente não pode parecer tão ignorantes assim, eu concordo como o compadre Osmar. Vamo usa essa palavra que eu também achei muito bonita.” Defendeu Raimundo.
“E como vai ser o grito?”
“Ah Maria...acho que vai ser ‘Euta, euta, euta Lula apideuta’. É fácil de gritar e até parece uma toada.”
“Então vamos treinar pra quando o Lula aparecer”. Organizou Raimundo.
Os Cabroboenses se concentraram e baixinho repetiram o refrão, depois de dez minutos estavam prontos para a homenagem.
Começou um burburinho no palanque, era Lula e sua comitiva que chegavam. A excitação tomou conta do grupo bem em frente de Lula. Uma chuva de Olha lá! Olha lá! Foi aí que Raimundo tomou as rédeas e mostrou a sua liderança.
“Atenção gente! Vamos se concentra para o grito! Maria fica quieta presta atenção! João! Segura a faixa direito senão cê vai pro ônibus! Atenção gente! É um, é dois é nos três!”
Euta! Euta! Euta! Lula Apideuta!”
Euta! Euta! Euta! Lula Apideuta!”
Euta! Euta! Euta! Lula Apideuta!”
Gritavam a plenos pulmões, balançavam a faixa alegremente, era um grupo coeso muito animado. Os Sem Terra que estavam ao lado olhavam e não entendiam o quê aquele grupo de pessoas simples dizia. Alguns segundos de gritaria foi o suficiente para chamar a atenção das televisões e da comitiva do Lula. O Presidente chamou o CArvalho:
“Carvalho, dá para baixar o cacete?”
“Vou perguntar ao Tarso.”
E perguntou.
“Não. É melhor ficar quieto e pedir para o Lula acenar.” Com um sorriso muito amarelo o Presidente acenou.
“Raimundo Deu certo!!! Ele esta acenando pra gente!”
Vamo lá gente! Vamo grita mais alto!” Comandou Raimundo. Estavam muito excitados, gritavam mais alto. Os Sem Terras perceberam o espírito de alegria e se juntaram ao grupo na manifestação. Junto aos Sem Terra havia alguns estagiários de universidades que tentavam, em vão, dissuadí-los a parar com aquela manifestação.
O Presidente Lula saiu antes do término do evento, pois os cabroboenses conseguiram gritar o desfile inteiro, até um Dragão da Independência quebrou o protocolo, não se conteve e olhou o insólito grupo. Foi um dos dias mais bizarros para os intelectuais do Partido. No dia seguinte, estampado em todos os jornais do país, estava a manifestação cabroboense. O próprio Partido deu a solução para o problema. Pediram a inclusão de uma emenda constitucional do neologismo inventado pelos Cabroboensesapideuta”, cuja definição seria, no jargão dos sertanejos, “cabra porreta”.