quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sentir-se no Paraiso


…Noite bonita, saí do estádio e fui para casa, um sorriso que insistia em ficar. Lembrar do jogo, me fazia dar risadas. Os gols, os abraços nos amigos do momento, estes caras que eu nunca vi mas unidos por um breve momento era como se fossemos irmãos.
A Lua brilha lá em cima, mas ela esta no meu coração agora, felicidade de ver o time ganhar.
Caminho para casa, sem pressa de chegar. O momento tem que ser curtido, apreciado.
Noite bonita, lua brilhando e o sorriso que insiste em ficar.
Vou pra casa, tem gente me esperando lá.
Mas as lembraças do jogo continuam, a cabeça cheia de todos os momentos do jogo. Quanto tempo será que vai durar essas lembraças? Me pergunto.
Estranha a minha pergunta, elas vão durar para sempre! Afinal o jogo foi maravilhoso, uma copa do mundo! Talvez mais importante do que isso. Essas lembraças serão passadas para as minhas gerações futuras! Essa camisa eu vou guardar dentro de um quadro, junto com a minha paixão pelo time! Vontade de gritar!!!
“É Campeão!!! Meu Deus!!! É Campeão!!!”
Outro respondem amistosamente, outros não. Não importa.
Estão me esperando em casa.
Mas aquele passe para o segundo gol foi demais!! Esse técnico já é um imortal. Espero que não olhem muito pra ele. Ele tem que ficar no time.
E mais fogos explodem, mas gente grita das janelas, buzinas, o hino do time, a paixão esta no ar.
Mas, tem gente me esperando em casa.
O portão do prédio se abre, entro. O porteiro faz uma festa danada! Vem me abraçar e eu o abraço. Vejo lágrimas em seus olhos! Felicidade! Como pode?
“Tem gente me esperando em casa!”
O elevador já esta embaixo.
Abro a porta de casa e ela me abraça e um beijo mais apaixonado do que de comemoração. Um beijo que diz tudo.
“Já vou. Vou ver o Bebê.”
Lá esta ele dormindo, um sono solto e tranquilo de criança.
Me vi nele. Não consigo deixar de sorrir.
O barulho dos fogos se foram.
A gritaria acabou.
Esqueci alguma coisa. Não sei. Não importa.
Mas me vejo nele.
A única coisa que ouço é a sua respiração e a voz dela me chamando.
Deixo a porta entre-aberta.
“Viu o pijaminha”?  Ela pergunta.
“Vi. Lindo”! Só vi o rostinho dele.
“Comprei pra comemorar. Deu sorte.” – Ela disse.
Comemorar? Esqueci. Estava pensando nela e nele. Minha familia.
Mas o que importa agora é ela.
A noite continua e sempre vai continuar. Não importa o que aconteça lá fora.

(Pra você Bizu!)